O SINTPq recebeu a contraproposta da diretoria da Amazul para o próximo ACT. Após análise inicial, o Sindicato concluiu que o documento representa quase nada de avanços e não atende às necessidades da categoria.

Entre os principais pontos, a empresa propõe acordo bianual e a ausência de reposição inflacionária no primeiro ano, o que levaria à mais corrosão dos salários e à perda real do poder de compra, ponto que já foi rejeitado pelos trabalhadores. Outro aspecto preocupante é a possibilidade de redução do valor do café da manhã a partir de março de 2026, caso o valor da alimentação nos ranchos suba mais que o INPC. 

Além disso, apesar da diretoria da empresa retirar o condicionante da exclusão do dissidio, a proposta desconsidera as possíveis vitórias advindas do dissídio de 2024. A diretoria da Amazul também solicita um prazo de 60 dias caso o ACT seja aprovado pelos trabalhadores, o que demonstra mais descaso com a nossa data base e falta de vontade diante da urgência das reivindicações.

Diante desse cenário, o SINTPq considera a proposta inviável, defende sua rejeição e a busca de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Sindicato já encaminhou o documento para análise de seu departamento jurídico e convocará, em breve, uma assembleia para que os trabalhadores deliberem coletivamente sobre os próximos passos da campanha salarial.

Para o sindicato, a postura da diretoria da Amazul evidencia a tentativa de transferir aos trabalhadores o peso de ajustes financeiros da empresa, desrespeitando sua força de trabalho e a relevância de suas funções.