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Defesa da ciência: SINTPq participa de lançamento de frente parlamentar na Alesp

Evento na Assembleia Legislativa de São Paulo reunião lideranças de diversas entidades do setor tecnológico

27/04/2023

Com o objetivo de debater e pautar políticas em prol da ciência no legislativo estadual, ocorreu na última quarta-feira (26) o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas e dos Institutos de Pesquisa. O SINTPq participou da atividade, realizada na Assembleia Legislativa, sendo representado pela sua diretora Priscila Leal, que também é pesquisadora do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

A mesa do evento foi conduzida pela deputada estadual Beth Sahão (PT) e também contou com a presença de representantes da ASSIPT (Associação dos Trabalhadores IPT), IPT, SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), APqC (Associação dos Pesquisadores do Estado de São Paulo), FOSP (Fundação Oncocentro de São Paulo) e representantes da Unifesp e da UFABC.

Em sua fala, Priscila Leal defendeu que o desenvolvimento tecnológico seja balizado por um projeto de Estado, no qual o interesse público esteja sempre em primeiro lugar. Na visão da sindicalista, o avanço da tecnologia deve estar voltado aos anseios da sociedade e à soberania nacional.

"Só se faz ciência e tecnologia com investimento público, pois as empresas não assumem o risco da pesquisa científica. Então é muito importante preservarmos o caráter público das instituições de pesquisa e das universidades. Isso precisa estar atrelado a um orçamento adequado e a um plano de desenvolvimento econômico", ressaltou a diretora do SINTPq.

Os demais participantes do evento seguiram a mesma linha defendida por Priscila Leal. Junto a isso, as demais entidades presentes defenderam a revogação das extinções de diferentes instituições estaduais ligadas ao meio ambiente, realizadas durante o governo Doria, sendo elas: Instituto Florestal, Instituto Geológico e Instituto de Botânica.

A deputada Beth Sahão chamou a atenção para outra grave questão presenciada nas instituições de pesquisa e universidades, a terceirização. De acordo com a deputada, esse processo tem gerado a precarização das condições de trabalho nesses locais, uma vez que profissionais terceirizados ganham menos, contam com menos garantias sociais e frequentemente sofrem com situações como atrasos salariais e perda de direitos.