Na manhã de terça-feira, dia 19, Sindicato e comissão dos empregados realizaram nova reunião com a direção da Amazul. No encontro, a empresa manteve sua proposta de 3% de reajuste, alegando que o SEST (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) pretendia, inclusive, retirar essa oferta da mesa.

Os representantes da Amazul também reiteraram que não possuem mais nada a oferecer e mencionaram a atual crise na administração pública brasileira como justificativa.

Em relação aos benefícios, a empresa concordou em assinar um “acordo de ultratividade”, com o qual seria garantida a permanência das atuais cláusulas até que o próximo ACT seja assinado. Em contrapartida, a direção da Amazul deixou claro que não aceitará o “comum acordo” para entrada de dissídio coletivo, caso sua atual proposta seja recusada.

Diante desse impasse, a única alternativa é convocar os funcionários para avaliarem e definirem o próximo passo da campanha salarial. Nos dias 27 e 28 de setembro, assembleias serão realizadas em Iperó e São Paulo, respectivamente, ambas às 10h. Nos encontros, os trabalhadores irão decidir em votação se aceitam a atual proposta ou entram em greve com o ajuizamento de dissídio coletivo. Neste caso, não há necessidade de “comum acordo” entre as partes.

A situação chegou em seu limite e não existem mais alternativas possíveis além aceitar as condições oferecidas ou declarar estado de greve. Mais uma vez, empresa e Governo Federal jogam com o tempo para pressionar os trabalhadores a aprovarem uma proposta vexatória. Cabe agora aos profissionais da Amazul decidirem se continuarão tolerando o tratamento recebido ou apostarão na mobilização conjunta para obter avanços.

Nas assembleias da próxima semana, todos os trabalhadores e trabalhadoras poderão apresentar suas opiniões e sugestões. Converse com seus colegas até a data da assembleia e discuta sobre a situação e suas possíveis alternativas. O debate entre os trabalhadores é fundamental para a aprovação e manutenção de um movimento grevista.