Notícias | Maioria dos brasileiros defende ampliação da licença-paternidade, aponta Datafolha

Maioria dos brasileiros defende ampliação da licença-paternidade, aponta Datafolha

Pesquisa revela que 76% da população almeja maior tempo para pais cuidarem de seus filhos recém-nascidos

03/04/2024

modelos_noticias__cultura_62
A licença-paternidade no Brasil é atualmente de apenas cinco dias, mas segundo pesquisa Datafolha, 76% dos brasileiros concordam que esse direito deveria ser ampliado. Já o SINTPq, sindicato de pesquisa ciência e tecnologia, tem conquistado licenças de 10 a 30 dias para empresas de sua base, além de garantir 180 dias de licença para pais solos.
 
O sindicato defende que o papel dos pais na primeira infância não deve ser atribuído apenas às mães. A qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras é valorizada por eles. Essa visão é respaldada pelo apoio majoritário dos entrevistados à ampliação (para 180 dias) tanto da licença-paternidade quanto da licença-maternidade, segundo a pesquisa.
 
O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de março, com 2.002 pessoas de 147 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 
O aumento da licença-paternidade é apoiado por 77% dos homens e 75% das mulheres, enquanto 83% dos homens e 88% das mulheres apoiam o aumento da licença-maternidade. Os mais jovens tendem a concordar mais com a ampliação das licenças, e conforme a renda familiar aumenta, mais pessoas apoiam a extensão da licença-paternidade.
 
Empresários, em geral, são os que menos concordam com a ampliação da licença-paternidade, com 67% apoiando. Bolsonaristas e petistas apresentam visões relativamente semelhantes sobre a licença-paternidade, mas há uma divisão mais marcada quanto à licença-maternidade, com mais apoio entre os petistas. A maioria dos que possuem ensino superior concorda com a ampliação da licença-paternidade, enquanto na licença-maternidade, o apoio é maior entre aqueles com ensino médio.