A recuperação econômica do país começa a dar resultados positivos também nos índices de desemprego. No ano passado, a taxa média ficou em 7,8%, segundo dados divulgados esta semana pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o melhor resultado desde 2014, quando índice ficou em 7%. Em comparação, a taxa de desocupação de 2022 chegou a 9,6%, e o recuo foi de 1,8%.

O Painel de Informações do Caged também indicou que Campinas teve um saldo positivo no mercado de trabalho. Durante o ano de 2023, foram registradas 19.028 novas contratações contra 17.563 demissões: um saldo positivo de 1.465 vagas.

Embora os números apontem para uma tendência crescente no mercado de trabalho da região, é importante considerar que a distribuição dos empregos por segmento deve ser avaliada separadamente.

Alguns setores conseguiram manter saldos positivos, liderados pelos Serviços, com a abertura de 1.202 novas vagas, seguidos pela Indústria, que registrou um aumento de 474, e pela construção civil, 287 vagas. Por outro lado, o setor do comércio enfrentou uma diminuição de 482 vagas, seguido pela Agropecuária, com perda de 16 vagas.

Gênero

No recorte por gênero, os dados mostram que houve mais admissões de homens do que de mulheres, com um total de 7.510 admissões para homens em comparação com 6.986 admissões para mulheres no último ano, representando uma diferença de 524 admissões a mais para homens.

Isso pode ocorrer por variados fatores, desde culturas não inclusivas até preconceitos ou estereótipos de gênero presentes nos processos de contratação. Essas disparidades destacam a importância de promover ambientes de trabalho com políticas inclusivas.