SINTPq acompanha investimentos no Ital e espera que melhorias também beneficiem profissionais da Fundepag
Por meio de um aporte recorde na pesquisa agropecuária de R$ 52 milhões, o Ital, localizado em Campinas, ultrapassou R$ 6,8 milhões investidos
Após enfrentar anos de financiamento aquém do ideal e redução de pessoal, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) finalmente está recebendo recursos do governo estadual (GESP). Por meio de um aporte recorde na pesquisa agropecuária de R$ 52 milhões, o Ital, localizado em Campinas, ultrapassou R$ 6,8 milhões investidos, sendo R$ 4,1 milhões em serviços, R$ 2,5 milhões em equipamentos e R$ 276 mil em materiais de construção, conforme dados divulgados pelo próprio instituto em seu site.
Por coincidência ou não, esses recursos chegam há poucos meses do processo eleitoral. Mesmo assim, não deixam de ser uma boa notícia para a pesquisa pública paulista. Além das melhorias estruturais, o GESP está concedendo reajustes salariais de até 20% para servidores de diferentes áreas. Entretanto, é importante lembrar que o funcionalismo paulista já acumulava anos sem qualquer reajuste.
Ainda conforme divulgação do Ital, houve ampliação do Laboratório de Desenvolvimento e Caracterização de Partículas do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) e a aquisição do cromatógrafo líquido acoplado a espectrômetro de massas com plasma acoplado indutivamente, conhecido como LC-ICP-MS, que está em instalação no Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos (CCQA).
O SINTPq espera que esses investimentos não sejam apenas prática de ano eleitoral. A verdadeira valorização da pesquisa deve ser fruto de políticas de Estado, ou seja, perenes e desvinculadas das eleições. A direção do sindicato também espera que esses investimentos resultem em novos projetos e melhorias para os profissionais das fundações de apoio, em especial os da Fundepag.
A diretora do SINTPq e pesquisadora na Fundepag, Fabiana Ramos, avalia com otimismo o cenário no Ital: “Estamos todos animados com esses investimentos, principalmente pelos projetos em andamento, que inclusive envolvem o pessoal da Fundepag, e por nossos colegas servidores do GESP, que ao longo dos últimos anos e governos não tiveram nenhum reajuste ou foram valorizados. A expectativa maior é de que a pesquisa e todos os envolvidos e dedicados a ela sejam apoiados, pois sabemos o impacto disso para o crescimento do estado de São Paulo e do país.”
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